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sexta-feira, 14 de maio de 2010

MANOEL CARLOS AVALIA "VIVER A VIDA"


Em entrevista ao Jornal EXTRA, o autor de "Viver a vida", Manoel Carlos, faz um balanço sobre a novela, que chega ao fim nesta sexta-feira, depois de oito meses no ar.

Que balanço faz da novela?
O maior acerto foi falar do tema da superação em todas as tramas. Eu me emocionei várias vezes escrevendo cenas para Tereza (Lilia Cabral) e Luciana (Alinne Moraes), ou para Ingrid (Natália do Vale) e seus filhos. Se eu pudesse mudar alguma coisa, talvez teria explorado mais a questão da medicina paliativa, mas não deu tempo.

E qual o saldo que o marketing social trouxe?
Atingi meu objetivo, incentivar que o tema seja discutido pela sociedade. O pior preconceito contra os portadores de deficiência física é a desinformação.

Luciana virou protagonista na história e Helena (Taís Araújo), coadjuvante? Como avalia a atuação delas?
Taís Araújo segurou como uma leõa a minha primeira Helena jovem. Não deve ter sido fácil recriar uma personagem que já está tão arraigada no imaginário do público. Alinne vem aprimorando seu talento ao longo dos anos. Eu e Jayme (Monjardim, diretor da trama) decidimos entregar a Luciana para Alinne, uma personagem cheia de nuances, reviravoltas e complexidades, exatamente por acreditar no seu potencial. Alinne superou todas as nossas expectativas. Ela foi irrepreensível.

Que atores o surpreenderam nesta novela?
Surpresa, não, porque eu já esperava grandes atuações de todos. Mas não posso deixar de citar Taís Araújo, maravilhosa como Helena. As minhas queridas Lilia Cabral e Natália do Vale também foram impecáveis. Mateus Solano fez um trabalho duplamente perfeito como os gêmeos, tão iguais e tão opostos. E Alinne que já mencionei acima. Entre as grandes revelações, indico a Nanda Costa e a Adriana Birolli. E o trabalho fantástico de Bárbara Paz.

Dora (Giovanna Antonelli) seria a grande vilã. Mudou de ideia?
Não costumo caracterizar meus personagens como vilões ou mocinhos. Não acredito que as pessoas sejam totalmente boas ou más. No início, Dora se interessou por Marcos, sem saber que ele era casado com Helena. Para o público, ela estava atrapalhando uma relação bem-sucedida e isso incomodava.

Desta vez, você não inseriu acontecimentos reais na novela. Cansou dessa sua “assinatura”?
Minha assinatura é fazer uma novela verossímil, não realista, porque não é esse meu objetivo. Minha intenção com essa novela era tratar do tema da superação.

Além de atores que não entraram, alguns sumiram. Ficou em dívida com alguém?
Mudanças na história acontecem. É natural, costumo dizer que são acidentes de percurso. Em “História de amor”, o Stepan Nercessian tinha seu nome nos créditos e nunca entrou na novela. Até hoje damos risada disso.

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